Incêndio na Vila Socó em Cubatão (SP)
Resumo
Esse e outros "acidentes" foram consequência de prejuízos ambientais gerados pela instalação de um pólo petroquímico na região, a partir dos anos 1950.
Sugestão para o professor
Sugestão de vídeo
Documentário Cubatão - Vale da Morte (1987, 50'). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s6zzwvK0R5E

Sugestão de Leitura:
Uma tragédia e muitas lições: 35 anos do incêndio da Vila Socó. SINDIPETRO-LP. publicado em: 25/02/2019. Disponível em: http://www.sindipetrolp.org.br/noticias/26555/uma-tragedia-e-muitas-licoes-35-anos-do-incendio-da-vila-soco
Detalhamento da linha do tempo do estudante
A partir dos anos 1950, a cidade de Cubatão, localizada na Região Metropolitana da Baixada Paulista (SP),deixou de se dedicar a atividades agrícolas (sobretudo, ao cultivo de bananas) para se transformar em um grande centro industrial petroquímico-siderúrgico. Um dos “pólos de desenvolvimento” desse complexo era a refinaria da Petrobrás e a Companhia Siderúrgica Paulista.
No dia 25 de fevereiro de 1984, uma tubulação de gasolina vazou. Ela estava assentada sobre uma vala que corria para uma das favelas mais pobres da região. As famílias que moravam nos barracos construídos sobre a vala não perceberam o cheiro do combustível, que explodiu quando um dos moradores atirou uma ponta de cigarro acesa pela janela. Talvez 200 pessoas tenham morrido carbonizadas naquele dia.
As atividades industriais sem qualquer cuidado ambiental levaram à destruição quase total das encostas da Serra do Mar, com perigo de soterramento da cidade, conforme nos explica Édis Milaré (1992, p. 2012): “Ao redor de Cubatão, a massa de poluentes lançados na atmosfera, empurrada contra as encostas da Serra pelos ventos dominantes de sudoeste, travava verdadeira guerra química contra a Mata Atlântica. Esta, asfixiada pelas poeiras, envenenada pelos fluoretos, corroída pelas chuvas ácidas, fenecia aos poucos, expondo as encostas nuas dos morros, crivadas de troncos mortos, às chuvas torrenciais”.
Menos de um ano depois da tragédia na Vila Socó, chuvas muito intensas assolaram a região, provocando enchentes e deslizamentos de lama. Cerca de 4.000 pessoas perderam suas casas. Além disso, uma turbina pressurizada de amônia se rompeu na enchente, provocando o vazamento de quase 40 toneladas do produto - altamente tóxico - o obrigando a evacuação da Vila Parisi.
Cubatão chegou a ser conhecida, mundialmente, como o “Vale da Morte”. Porém, com a aplicação rigorosa de um plano de despoluição, a cidade passou a ser considerada “Símbolo da Ecologia".
Referências
DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
MILARÉ, E. Cubatão: um modelo de desenvolvimento não sustentável. 1992. Disponível em http://www.amprs.org.br/arquivos/revista_artigo/arquivo_1277144057.pdf
Conexão
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