Criação da Reserva Técnica Didática

2002

eserva Técnica Didática do então Serviço de Atividades Educativas - SAE foi idealizada em 2001, a partir da criação do serviço e com apoio da Fundação Vitae. Seus primeiros itens foram adquiridos no ano seguinte, em 2002. 

Ao longo dos anos, foram adquiridos e desenvolvidos diversos recursos que são utilizados como instrumentos do trabalho de mediação com diferentes públicos da instituição.

Inicialmente, o critério para a seleção das peças foi a articulação com as linhas de pesquisa da instituição, que são: Cotidiano e Sociedade, Universo do Trabalho e História do Imaginário. Após a seleção, foram formados conjuntos temáticos relacionados às exposições e às propostas dos programas de atuação do SAE. 

Um exemplo é o conjunto dedicado ao eixo Universo do Trabalho, que contava com itens ligados a diversos ofícios, como plaina, forma de tijolos, mata-borrão, câmera fotográfica, entre outros. 

Na maioria dos casos, os objetos adquiridos para a Reserva Técnica Didática são originais e poderiam fazer parte da Reserva Técnica Científica. Mas foram incorporados ao SAE pelo potencial de exploração que possuem junto ao público. 

A ideia é que os objetos possam ser manuseados, observados, investigados e compartilhados pelos participantes durante as visitas, oficinas e demais ações educativas. O objetivo é promover um momento de exploração e aproximação do público com as temáticas do Museu. 

Essa estratégia está baseada no princípio de que a instituição deve ser acessível a todos os públicos, de modo que o toque possibilite uma aproximação com os conteúdos do Museu por pessoas com e sem deficiência. 

Também são produzidas réplicas acessíveis de itens relacionados ao Museu, como a maquete do edifício, disponível para ser explorada por meio do toque orientado. 

Entre os anos de 2002 e 2003, foi firmada uma parceria com a Fundação Vitae, que viabilizou a produção do folheto institucional para visitantes, um conjunto de fichas temáticas para professores, a aquisição de equipamentos de audioguia e a produção de uma apresentação intitulada "Por dentro do nosso museu".

Em 2017, parte dos recursos da Reserva Técnica Didática participou da exposição “Museu do Ipiranga para Todos”, em parceria com o Memorial da Inclusão, instituição vinculada à Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Essa exposição discutiu os desafios e as estratégias de acessibilidade colocadas para a instituição naquele momento.

Durante o projeto de reformulação das exposições do Museu, foram desenvolvidos e adquiridos um conjunto considerável de novos recursos, que envolvem desde telas táteis a objetos originais, de impressões com texturas a dioramas inspirados em obras do acervo. 

A proposta da equipe de educação foi incorporada pela curadoria. O objetivo é permitir a todos os visitantes a exploração das exposições por meio de recursos multissensoriais, utilizando também parte da Reserva Técnica Didática já formada. 

Os elementos estarão disponíveis para todos os públicos no percurso das exposições, promovendo a sensibilização sobre as diferentes formas de se acessar os conteúdos de uma exposição. Essa estratégia contará com mais de 300 itens.

Audiodescrição: Foto de nove objetos, entre eles um martelo de madeira, uma câmera fotográfica preta, a capa em couro marrom da câmera, um mata-borrão, duas moedas, uma furadeira manual, uma plaina e uma fôrma de tijolo. Fim da audiodescrição.   
Conjunto de objetos do eixo Universo do Trabalho. Fotografia de José Rosael / Museu Paulista.  
  Audiodescrição: Foto da maquete tátil do Museu do Ipiranga.É um edifício, cujo corpo é composto por três torres interligadas por galerias. A frente e as laterais do Museu são compostas por uma imensa área gramada repleta de árvores.No corpo central, duas lanças levam a três portas em arco da entrada principal. Nas laterais, como galerias são fechadas com portas arredondadas de vidro.No primeiro andar, na parte central, há quatro conjuntos de duplas, frisadas e com capitéis decorados de estilo coríntio, que sustentam um frontão triangular com beiral decorado. Os conjuntos de colunas são separados por três portas.No primeiro andar das galerias, as portas são abertas, com arcos, balaústres e colunas decorativas. Acima de cada uma delas há um elemento decorativo formado por uma coroa sobre um escudo e, atrás desse elemento, um óculo: abertura redonda com vidro. As mãos de uma pessoa tocam na maquete. Fim da audiodescrição.   
Maquete tátil do Museu do Ipiranga. Créditos da imagem: Hélio Nobre / Museu Paulista.  

Referência:

SOUZA, Ingrid Ribeiro. Serviço de atividades educativas do Museu Paulista: o estabelecimento de uma área dentro de uma instituição centenária. 2017. Dissertação (Educação, Arte e História da Cultura) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo. Disponível em: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25007

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Published in 8/09/2021

Updated in 13/12/2021

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