Abertura dos Portos e criação de Correio Marítimo entre América Portuguesa e Grã-Bretanha
1808 marca o início de grandes mudanças no papel da América portuguesa dentro do contexto imperial Português. A vinda da Família Real significou a transferência da Corte, sede do poder, para solo americano. Assim, diversas medidas foram tomadas no sentido de haver liberdades, especialmente econômicas, não antes experimentadas no período colonial.
Um marco importante foi a abertura dos portos às nações amigas, em 1810. Organizada pelo Ministro da Coroa D. Rodrigo de Souza Coutinho, este acordo significou que a América portuguesa poderia negociar diretamente com outros locais da Europa além de Portugal, sendo aberta, também, a recepção de navios não-portugueses nos portos. Significou, portanto, o fim do exclusivo colonial.
Interessante notar que esta medida veio acompanhada de um Decreto da mesma época da ligação de um sistema de Correio Marítimo que ligaria a Grã-Bretanha, especificamente o porto de Falmouth, ao Rio de Janeiro. O Império Britânico era o parceiro comercial mais importante de Portugal, e a abertura dos portos foi positiva sobretudo aos ingleses. Sendo assim, fazia sentido que esta ação fosse acompanhada da tentativa de garantir comunicação constante entre a nova sede do poder de Portugal nos trópicos e a Inglaterra.
O Correio Marítimo entre Portugal e Inglaterra já era antigo, sendo que um paquete (embarcação transportadora de cartas) ligava os portos de Falmouth e Lisboa desde o século XVII. Com a mudança da sede da Corte portuguesa, o mesmo sistema foi transferido para o Rio de Janeiro, sendo que um “Agente de Paquete” britânico passou a residir na cidade.







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