Extinção do Correio-mor
Extinção do Correio-mor
Em 18 de janeiro de 1797, após uma longa negociação, o ofício de Correio-mor foi incorporado à alçada da Coroa portuguesa. Na prática, isso significada que a família detentora do direito de explorar os serviços de correios em Portugal e nos domínios ultramarinos desistia deste ofício. Os Gomes da Mata, desde o século XVII, eram os grandes responsáveis pelos serviços postais no Império português, desempenhando a função em caráter de monopólio. Com a extinção do ofício, a entrega de correspondência passou a ser feita diretamente pela administração da Monarquia portuguesa, sendo desempenhada pelo Estado e não mais por particulares. Essa transformação foi feita graças ao empenho do Ministro da Marinha e Ultramar, D. Rodrigo de Sousa Coutinho. Ele acreditava que os serviços postais deveriam ser um negócio direto da Coroa, pois assim as comunicações seriam mais eficientes. Além disso, a administração monárquica dos Correios permitira que as taxas cobradas pela entrega de correspondência fosse recolhida aos cofres régios.

Fonte: Alvará de D. Maria I mandando estabelecer uma comunicação regular com o Brasil e ilhas dos Açores e da Madeira para a troca de correspondência, através de paquetes correios marítimos. Coleção da Legislação Portuguesa, organizada por António Delgado Silva (1791-1801). Lisboa, 1828, p. 479-482
Imagem: Biblioteca Nacional de Portugal (BNP). CAGGIANI, José Maria, 1816-1891. Conde de Linhares : D. Rodrigo de Souza Coutinho, Conde de Linhares nasceo em Chaves em 4 d'Agosto de 1755... Faleceo no Rio de Janeiro em 26 de Janeiro de 1812.






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