Formação da Biodiversidade da Mata Atlântica

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Resumo

Formação da Mata Atlântica - alterações e constituição conforme o clima, a mudança do nível do mar e as alterações das paisagens geográficas.

Sugestão para o professor

Assistir com os alunos a palestra do Professor André Victor Freitas, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sobre a origem, evolução e diversidade da fauna da Mata Atlântica e levantar os pontos principais apontados através de mapa mental.

https://univesp.br/noticias/conheca-a-origem-evolucao-e-diversidade-da-fauna-da-mata-atlantica#.ZEnLJezMLt1  

Geografia 2º ano

Detalhamento da linha do tempo do estudante

Dentre os cientistas, não há um consenso sobre como a Mata Atlântica obteve tamanha diversidade e endemismo. Há algumas teorias aceitas que quando vistas em conjunto podem dar ideia da complexidade dessa formação vegetal tão única.

Durante o Quaternário (período geológico mais recente), iniciado há cerca de 2 milhões de anos, a região da Mata Atlântica passou por mudanças climáticas devido às alterações geográficas da paisagem, como a mudança do nível do mar, que alterou o regime de chuvas e temperatura. Porém, essas alterações não foram homogêneas pelo território. Assim, a porção norte dessa floresta desenvolveu características diferentes da porção sul. Tal fato, colaborou para as diferentes fisionomias que a Mata Atlântica possui atualmente e para a sua grande biodiversidade.

Outra possibilidade está relacionada aos rios como barreiras para a dispersão de espécies de fauna e flora. Há alguns estudos que mostram que o Rio Doce tem potencial para ser essa barreira, já que a Mata Atlântica possui diferenças entre ambas as margens do rio. Além das diferenças na constituição de espécies, há também diferenças climáticas, ou seja, o rio seria uma barreira climática.

A teoria dos refúgios também é uma possibilidade de explicar a biodiversidade desse bioma. Nessa teoria, as oscilações climáticas, ou seja, as glaciações, causam retração das áreas de florestas, devido ao predomínio de climas mais secos; e em períodos interglaciais, causam expansão florestal, com o aumento de climas mais úmidos.

Atualmente, a Mata Atlântica possui climas que vão desde o quente úmido até os moderadamente frios. O que é observado é que quanto mais ao norte, a floresta possui temperaturas médias mais elevadas e quanto mais ao sul, é observado temperaturas médias mais baixas, porém ainda com características tropicais. Além disso, os fatores da maritimidade e da continentalidade são percebidos. Ou seja, na faixa litorânea (sob a influência da maritimidade) há maior umidade e maiores índices pluviométricos; já no interior (sob o efeito da continentalidade) há diminuição desses índices. Tais fatores são cruciais para a contribuir na diversidade de fisionomia da Mata Atlântica.

Referências

SOUZA, M. S. L.;  SOBRAL-SOUZA, T. De volta ao passado: Revisitando a história biogeográfica das florestas neotropicais úmidas. Oecol. Aust., 21(2): 93-107, 2017. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/download/11911/8607

Fonte: Figueró. A.S.; 2015. Biogeografia: dinâmicas e transformações da natureza.

Conexão

Expansão da Mata Atlântica

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Published in 3/07/2023

Updated in 26/07/2023

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