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Novo Museu do Ipiranga 2022Publicado em 11/29/2021

Quer conhecer a história do projeto de restauração, modernização e ampliação do Museu do Ipiranga? Convidamos você para percorrer a história recente do edifício que abriga as nossas exposições e atividades culturais e acadêmicas.


As informações apresentadas aqui abrangem os trabalhos cuidadosos realizados em várias frentes a partir de 2013, após o fechamento do Museu ao público. São três eixos narrativos apresentados na forma de linhas do tempo que se conectam e se sobrepõem. Essas linhas contam um pouco sobre:


  • a história do edifício com destaque para a concretização do projeto de restauração e ampliação;
  • o processo de transferência e conservação dos acervos necessário para a realização do projeto;
  • as atividades educativas e culturais realizadas ao longo dos anos em que o edifício esteve fechado, para que o Museu mantivesse seu compromisso com diferentes públicos.

Os critérios adotados para a seleção dos conteúdos desenvolvidos privilegiaram as principais intervenções ocorridas no edifício até 2017; as ações mais relevantes e desafiadoras da implantação do novo projeto durante 2019 e 2021; os marcos da trajetória de formação das coleções; e os projetos culturais e de pesquisa financiados pelas diversas instituições públicas e privadas que apoiam a missão do Museu.


As linhas do tempo contam com recursos audiovisuais que possibilitam o entendimento das relações entre eventos do passado e do presente; conectando museu, acervo, programa e obras civis. Acreditamos que tornamos possível uma valorização e consolidação da memória e do patrimônio ao ampliar o acesso a essa história.


Ao mesmo tempo, contribuímos também para diversificar a experiência dos visitantes, que podem conhecer mais sobre algumas de nossas coleções e sua relação com o Museu ao longo do tempo.


Pensando na acessibilidade de forma ampliada, os assuntos apresentados contam com soluções que facilitam sua compreensão por diversos públicos, como tipografia adequada, cores de alto contraste, audiodescrição de imagens, narração, entre outras.


Ao longo dos anos, o Museu tem desenvolvido uma série de ações especiais que o preparam para sua reabertura ao público, entre elas esta linha do tempo. Em breve, 2022 se tornará um ponto em comum, entrelaçando não só as linhas do tempo desta plataforma, mas também a de muitas vidas que se relacionam com o Museu de alguma forma.


Com este projeto, esperamos nos aproximar da sua linha do tempo também!


Ficha Técnica


Coordenação geral

Museu Paulista / Solange Ferraz de Lima/ Maria Eugênia de Menezes


Produção

Equipe Timelinefy


Coordenação de pesquisa

Clara Sampaio


Elaboração de textos

Juliana Muscovick


Audiodescrição de imagens e textos

Rosa Matsushita

Edgar Fernandes


Narração

Tais Lenk


Tradução e Interpretação em Libras

Ana Carolina Duarte


Projeto gráfico

Sigrid Degobi

Wherlom Almeida


Imagens

Acervo Museu Paulista

Wikiglam Museu Paulista

José Rosael

Hélio Nobre


Tratamento de imagens

Sigrid Degobi


Diretrizes de Comunicação Visual

Claudio Pierangeli de Albuquerque Rother (Museu Paulista)


Diretrizes de Acessibilidade e Revisão de Conteúdos

Isabela Ribeiro de Arruda (Museu Paulista)

Denise Cristina Carminatti Peixoto (Museu Paulista)

Fabio Santana Silva (Memoria Web)


Patrocinadores

Diário de Obra (Episódio 1). Produzida pelo Museu do Ipiranga, a série revela os bastidores do projeto de modernização e restauro do edifício e de suas coleções.

Esta linha do tempo tem 0 eventos:

Contratação do pintor Pedro Américo

1888View on timeline

A pintura histórica Independência ou morte foi feita pelo pintor Pedro Américo a pedido do Governo Imperial. A tela foi realizada na cidade de Florença, na Itália, em 1888, para ser fixada no Salão Nobre do Museu do Ipiranga, onde permanece até hoje. 

A obra é considerada a representação mais consagrada do que supostamente foi o momento da proclamação da Independência do Brasil, quando D. Pedro teria proferido a frase “É tempo! Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!”. 

Segundo registros feitos pelo conselheiro imperial Joaquim Inácio Ramalho, Pedro Américo, que já era um artista conceituado, se ofereceu para executar a obra, em 1885. Inicialmente, a proposta não foi aceita por falta de fundos e outras questões arquitetônicas do edifício. 

Porém, em 14 de julho de 1886, firmou-se um contrato entre Américo e Ramalho, provavelmente por pressão da opinião pública da época. 

Nele, o artista se comprometia a pintar um “quadro histórico comemorativo da proclamação da Independência pelo príncipe regente D. Pedro nos campos do Ypiranga” em três anos. A pintura foi concluída antes do prazo, em 1888.

Américo fez minuciosas pesquisas sobre o que teria sido o movimento da Independência, além de investigar os trajes da época e de entrevistar testemunhas, entre outros detalhes. Essa era uma prática comum na elaboração de pinturas históricas. 

Exposto pela primeira vez em 8 de abril de 1888, na Academia de Belas Artes de Florença, foi entregue três meses depois ao governo paulista. No Brasil, a tela foi exposta pela primeira vez na inauguração do Museu, em 7 de setembro de 1895.

Pintura de Pedro Américo, intitulada Independência ou morte.Há uma imensa área de terra com uma colina à esquerda. Na parte central, um pouco à esquerda, está Dom Pedro Primeiro sobre um cavalo marrom, de perfil para a direita. Ele é um homem branco, de cabelos e bigode castanhos. Usa um traje de gala, composto por uma casaca escura, calça branca e botas pretas. Usa um chapéu escuro e empunha uma espada.Dom Pedro olha para a direita onde estão diversos soldados, todos sobre cavalos. Eles estão com um uniforme composto por blusa e calça branca; e botas pretas. Usam um capacete dourado com um enfeite vermelho e uma crina preta, longa e uma faixa no peito. E a maioria deles empunha uma espada.Atrás de Dom Pedro Primeiro há dez homens, também a cavalo. Três deles erguem os fortes.À esquerda inferior há um homem de chapéu, blusa rasgada, calça dobrada até os joelhos e descalço, que segura um pedaço de pau. Atrás dele há quatro bois que puxam um carro com madeira e objetos. Ele olha para Dom Pedro. Na área de terra há uma vegetação rasteira. No canto direito inferior vê-se parte do riacho do Ipiranga. Ao fundo, à direita há uma casa e algumas árvores. Ao longe veem-se montanhas, o céu azul e muitas nuvens brancas. Fim da audiodescrição.     
Pedro Américo. Independência ou morte, óleo sobre tela, 415 cm x 760 cm, 1888. Acervo Museu Paulista.    
Foto da pintura emoldurada de Pedro Américo, intitulada Independência ou morte, que está em exposição no Museu Paulista.Ela tem 4 metros e 15 centímetros por 7 metros e 60 centímetros; e está em uma imensa sala de pé direito alto.A pintura está à esquerda e há duas pessoas em pé, olhando para a pintura. À direita há várias crianças. Algumas delas estão desfocadas.A sala possui portas marrons, altas de duas folhas, ladeadas por colunas decoradas.Próximo do teto há, dentro de áreas circulares, pinturas de pessoas. Fim da Audiodescrição.     
Vista da escala da pintura Independência ou morte de Pedro Américo, localizada no Museu Paulista.  Créditos da imagem: José Rosael / Museu Paulista.   

Veja aqui uma análise do quadro feita para o Portal Google Arts and Culture.

O quadro de Américo é parte integrante do esforço do governo e das elites intelectuais do final do século 19 para construir um “passado visual” brasileiro e criar um imaginário coletivo sobre o que teria sido o momento da Independência e seus heróis. 

A obra é uma representação de um fato histórico e não um retrato fiel da realidade. Essa pintura histórica é uma criação que ilustra, simbolicamente, o ato de fundação da nacionalidade brasileira. A técnica, a composição e os símbolos utilizados pelo pintor na obra pretenderam oferecer um caráter épico ao momento da proclamação, e também evidenciaram a figura de D. Pedro I, escolhido como herói para representar a Independência do Brasil.

Referências:

Anais Do Museu Paulista: História E Cultura Material, v27, 2019.  Link

Mattos, Cláudia Valladão de. Imagem e palavra. In: OLIVEIRA, Cecília Helena de Salles; MATTOS, Cláudia Valladão de (Org.). O brado do Ipiranga. São Paulo: Edusp; Museu Paulista, 1999b.

Nery, P.; LIMA JUNIOR, C. Do “campônio paulista” aos “homens da Independência”: interpretações em disputa pelo passado nacional no Salão de Honra do Museu Paulista. Anais do Museu Paulista, v. 27, 2019. Link

Link interno:

Restauro de obras do acervo

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Published in 8/09/2021

Updated in 29/11/2021

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18851890Construção do Edifício-monumentoConstrução do Edifício-monumento