1961-1969

01/01/1961 (Circa)01/01/1969 (Circa)View on timeline

Ao fim da década de 50, as concepções sobre os modelos antagônicos do ensino superior já começavam a se  alastrar pela população da época. Durante os trinta anos marcados pela criação das primeiras universidades até então, a sociedade expressava rapidamente mudanças que se ampliaram extraordinariamente aos setores médios próprios de uma formação social industrial e urbana.

As demandas da população em ascensão foram, de início, marcadas pela ampliação de um sistema público de educação básica de grau médio a todos. A implementação e avanço do ensino superior para mais pessoas gerou, então, uma nova clientela para o ensino superior, mesmo que limitada a setores da sociedade.

Paralelamente a este fato, com  o desenvolvimento das burocracias estatais e das empresas de grande porte, a abertura por novas oportunidades trabalhistas, disputadas pela classe média, se fez evidente, fazendo com que o diploma de ensino superior se tornasse uma garantia de acesso a esse mercado concorrido. Assim, a demanda por uma ensino, assim como  por um diploma alavancaram as demandas por transformações educacionais na década de 60.

As ideias colocadas ao desenvolvimento do ensino superior dos anos 20 se repetia, em grande parte,  nos 50, porém com uma nova inspiração vigente; a influências da organização das universidades americanas.

Com isso, três (3) críticas fundamentais recaiam sobre a estrutura universitária aplicada até então: a correspondente à instituição da cátedra, ao compromisso efetuado em 30 levando com consideração as escolas profissionalizantes que gerava uma universidade compartimentalizada, isolando professores e alunos em cursos especializados em escolas diferentes e, por último, o caráter elitista da Universidade que ainda atendia uma parcela mínima da população, sendo a maioria de estratos altos e médios urbanos.

A percepção de um sistema de cátedra, caracterizado pela responsabilidade de um professor vitalício com poder de decisão, levava a população a compreender que este método poderia desembocar em uma educação rígida, autoritária e velha.. Desse modo, foi proposto uma substituição organizacional de departamentos nos moldes da universidade americana e a organização da carreira aberta, que daria abertura para jovens formados no exterior ou nos poucos centros de pesquisa do país.

A criticidade opositora por parte dos jovens pesquisadores e também do movimento estudantil, que começava a incorporar os ideais da modernização e do desenvolvimento a partir da mobilização das massas, dos intelectuais e dos conhecimentos da ciência e da tecnologia modernos fez ainda mais, a propagação de um ideal de mudança das premissas universitárias.

Assim, a nova universidade, pela qual se lutava, seria popular, deselitizada, organizada por departamentos que iriam decidir tudo em conjunto, sem que houvesse cátedras e poderes das antigas faculdades implementadas em seu entorno.

0 comments

Comment
No comments avaliable.

Author

Info

Published in 13/07/2021

Updated in 13/07/2021

All events in the topic Processo evolutivo das Universidades:


01/01/1920 (Circa)01/01/1929 (Circa)1920-1929
01/01/1930 (Circa)01/01/1939 (Circa)1930-1939
01/01/1940 (Circa)01/01/1960 (Circa)1940-1960
01/01/1961 (Circa)01/01/1969 (Circa)1961-1969
01/01/1901 (Circa)01/01/1920 (Circa)1901-1920
01/01/1975 (Circa)13/07/19911975-1991