1930-1939

Apesar da ideologia marcada na década  passada, marcada pela autonomia dos pesquisadores das universidades, o governo provisório de Getúlio Vargas publicou uma lei que definia as diretrizes formativas caracterizadas pela Universidade naquele período, mesmo sem aplicação do novo estilo discutido anteriormente. Essa lei, então, foi conhecida como “Reforma Francisco Campos”.

Essa reforma relatava que o ensino superior deveria ser ministrado na universidade, a partir da criação de uma faculdade de Educação, Ciências e Letras, Além disso, a organização sistemática se baseava em duas modalidades de ensino: o sistema universitário (oficial, mantido pelo governo federal ou estadual, ou livre mantido por entidade particulares) e o instituto isolado,

A administração central da universidade se daria  pela reitoria e ao conselho universitário, que passariam a ser escolhidos a partir de uma lista tríplice, bem como a composição de um corpo docente (catedráticos e auxiliares de ensino, submetidos a concursos, títulos e provas) e dispunha ainda sobre questões como ensino pago, diretório de estudantes e ademais.

A mobilização e estruturação do ensino superior do século 20 e, por consequência, a mediação de  intelectuais e educadores neste período, não foi colocada em prática. Assim, a nova Faculdade de Ciências tinha como principal objetivo a formação docente para o ensino secundário, o que ia na contramão das ideologias realmente atreladas às educações de nível superior acarretando na incompatibilidade com a produção do conhecimento e com a perspectiva de pesquisa.

 Neste período assistiria à criação de dois projetos universitários que teriam continuidade, o da Universidade de São Paulo e o da Universidade do Brasil, e o projeto frustrado da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro.