1940-1960
Durante 20 anos de implementação das primeiras universidades, o caráter expressivo do ensino superior com relação à sua expansão se torna pouco significativo, especialmente quando comparado com o seu período de criação.
A estagnação de uma possível reforma ao formato estabelecido também se torna presente nesses períodos, se analisada a instituição da organização universitária da década de 30. Todavia, é neste intervalo de tempo em que o sistema se incorpora e há a cristalização do modelo universitário caracterizado pelo desenvolvimento da rede de universidades federais com o estabelecimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, de cunho católico e particular.
O desenvolvimento em grande escala do sistema federal, a partir de 45, de deveu não só à federalização de algumas universidade estaduais criadas nas décadas de 30 e início dos anos 40, mas também pela ampliação da perspectiva de que cada Estado da federação poderia submeter a locação de pelo menos uma universidade federal em seu território.
A primeira universidade, desse modo, caracteriza um marco do cessar do pacto entre Estado e Igreja e do conflito que houve nos anos 30 entre os grupos laicos e politicamente liberais, à esquerda do espectro político, e o estado conservador do catolicismo de direita que culminava no controle do sistema educacional pela Igreja, bem como o apoio da mesma ao Estado.
O aumento de matrículas no terceiro grau neste período, por sua vez, não está atrelado à expansão intencional do sistema, mas sim pelo ajuste crescente da população dos setores médios, resultado este causado pelo processo de desenvolvimento urbano-industrial.
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