1920-1929

Após um debate amplo sobre o assunto envolvendo diferentes vertentes da educação brasileira envolvendo cursos de extensão, pesquisas, elaboração de projetos de lei através de duas atividades promovidas pela ABE: os chamados "inquéritos" entre os líderes educacionais e as Conferências Nacionais de Educação, entre outros quesitos, surge, em 1920, a Universidade do Brasil.
Apesar da tentativa, ambas atividades propunham a ideia de reunir formalmente as escolas tradicionais já existentes, a nova proposta de pesquisa era diferente: buscava criar um centro de elaboração, ensino e difusão da ciência.

A universidade com ideologias modernizadas deveria, então, seguir os seguintes quesitos:

1. interatividade em um sistema único, com direito autônomo, as faculdades profissionais (medicina, engenharia, direito), institutos técnicos especializados (farmácia, odontologia), e instituições de altos estudos (faculdades de filosofia e letras, de ciências matemáticas, físicas naturais, de ciências econômicas e sociais, de educação, etc)
2. desenvolvimento com o intuito de servir a formação e desenvolvimento da cultura nacional, sem que se desprenda se sua característica universitária orgânica e viva, através de seu espírito científico.

Nas discussões recorrentes acerca do desenvolvimento das universidades, o enaltecimento da autonomia como caráter primordial para o êxito das reformas educacionais se fazia necessária para que o governo entendesse a possibilidade de atravancar o avanço da pesquisa científica por parte. 

O entendimento da necessidade dos recursos governamentais para a manutenção e financiamento da pesquisa se fazia evidente, porém o grau de autonomia relatada se dá paralelamente à funcionalidade atribuída a algum ato (como por exemplo escolha do reitor). Sendo assim, o engessamento dos poderes governamentais perante à Universidade não se dá no quesito de exclusão do Estado nos processos evolutivos educativos, mas sim na proposição de limites de poder que poderiam acarretar no andamento de pesquisa.