Deriva Continental - A formação da Mata Atlântica
Resumo
"A origem da Mata Atlântica está diretamente associada ao processo de formação do continente americano, ocorrido a cerca de 150 milhões de anos"
Sugestão de leitura
- Sobral-Souza, T. & Lima-Ribeiro, M.S. (2017). De volta ao passado: revisitando a história biogeográfica das florestas neotropicais úmidas. Oecologia Australis 21(2): 93-107. https://doi.org/10.4257/oeco.2017.2102.01
- Oeco - Uma floresta e duas invasões (A Ferro e Fogo I) - https://oeco.org.br/colunas/17214-oeco-11041/
Sugestão de vídeo
- TV Brasil - Mata Atlântica: a floresta mais antiga da América do Sul. Série Nossos Biomas:

Detalhamento
A origem da Mata Atlântica
Se pararmos para pensar, é perturbador refletirmos sobre o ritmo com que a Mata Atlântica vem sendo tão rapidamente destruída em detrimento aos milhões de anos necessários para que fosse moldada e se tornasse como hoje a conhecemos, com todas as suas paisagens, animais, plantas e relevo. Tanto tempo para construir, e tão pouco para destruir! Mas afinal, quando e como surgiu a Mata Atlântica?
A formação da Mata Atlântica tem início lá no final da era mesozóica, há quase 150 milhões de anos, enquanto o continente sul-americano se separava do africano, dando origem, assim, ao Oceano Atlântico. Não por coincidência, em referência a ele a Mata Atlântica foi assim batizada. Esse evento foi fundamental para o surgimento de bacias sedimentares e bacias hidrográficas, favorecendo o surgimento de um ambiente florestal bastante característico. Também foi durante esse processo que parte do relevo desse bioma foi moldado, ocorrendo o soerguimento, por exemplo, das Serras do Mar e Mantiqueira: fundamentais para a elevada diversidade de paisagens, ambientes e espécies da região sudeste do país. Possivelmente, há cerca de 60 milhões de anos, já havia condições climáticas adequadas para a formação e estabelecimento de uma floresta tropical. Mais recentemente, já no Quaternário (há cerca de 2 milhões de anos), diferentes regiões da Mata Atlântica estiveram expostas, de maneira desigual, a variações climáticas, alterações no nível do mar e concentração pluviométrica. Essas diferenças regionais foram fundamentais para o processo evolutivo da biodiversidade no bioma, levando ao surgimento de diversos tipos de ambiente e, consequentemente, diferentes composições de fauna e flora.
Curiosidade
Quanto à fauna, nessa era, mais precisamente no Cretáceo, havia a presença de grandes arcossauros que habitavam a maior parte do planeta. Porém, no final dessa era esses animais são extintos.
Referências
Sobral-Souza, T. & Lima-Ribeiro, M.S. (2017). De volta ao passado: revisitando a história biogeográfica das florestas neotropicais úmidas. Oecologia Australis 21(2): 93-107. https://doi.org/10.4257/oeco.2017.2102.01
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