“Tomo” e “Faraw ka taama” - Copy

2012
Tomo, Bakary Diallo

 

Tomo, Bakary Diallo, 2012, Vídeo, 6’53”, cor, estéreo.    

Pelos olhos de uma personagem perturbada, vemos um vilarejo abandonado tomado por fantasmas em chamas. Como se agarrados à realidade, eles seguem desempenhando suas atividades diárias. Inspirada no significado da palavra “tomo” que na língua Bambara, significa território devastado pela guerra, a obra trata da violência real e simbólica do conflito político.

Veja aqui um comentário de Diallo sobre a obra durante o 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2013. 

Veja também uma fala de Renée Akitelek Mboya (Nairóbi, 1986), escritora e curadora dedicada à pesquisa sobre o racismo na produção de imagens.

Durante a mostra competitiva Panoramas do Sul do 17º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil, em 2011, o artista gravou um depoimento sobre o trabalho. Veja aqui o vídeo.

Em 2014, ano em que Diallo faleceu, a Associação Cultural Videobrasil presta homenagem ao artista maliano, apresentando uma seleção de vídeos, entrevistas e registros, reunidos a partir de sua participação nas 17ª e 18ª edições do Festival, com as obras Les Feuilles d'un temps (2010) e Tomo (2012), respectivamente. 

Bakary Diallo (Kati, Mali, 1979 – Mali, 2014)

Trabalhando sobretudo com vídeo, usa elementos da vida cotidiana para construir narrativas sintéticas que com frequência questionam os efeitos da violência. Apresentou filmes em mostras na África, Europa e Américas. Frequentou o Le Fresnoy – Studio national des arts contemporains. Faleceu em um desastre aéreo, a caminho do Brasil.

Faraw ka taama, Seydou Cissé

Faraw ka taama (A viagem das pedras), Seydou Cissé, 2012, Vídeo, 11’31”, cor, estéreo  

Com um chicote, um menino move pedras na ponte de Markala, erguida ao custo de muitas vidas durante o domínio colonial francês no Mali. Utilizando animação para dar visualidade ao animismo, o filme entrelaça lenda e história, e homenageia as vítimas da colonização. O passado mágico ressurge como força criadora, capaz de mover minérios. 

Veja aqui uma outra imagem da obra e um comentário do artista durante o 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2017.

Veja o episódio do Acervo Comentado VB, em que a embaixadora Irene Vida Gala fala sobre a história e a cultura do Mali. Retomando feitos e características do Império do Mali, ela comenta o vídeo Faraw ka taama.

Seydou Cissé (Mopti, Mali, 1981)

Recorrendo a linguagens diversas, como vídeo, instalação, pintura e escultura, o artista reinventa visualmente o animismo da cultura ancestral de seu país. Memórias de sua terra natal, materiais tradicionais, como palha e madeira, e referências às tradições dogon estão entre os elementos que se entrelaçam em suas obras. 

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Published in 21/06/2022

Updated in 21/06/2022

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