Vídeo Mediação - Paulo Nazareth
Em Ouidah, que foi um dos maiores portos de tráfico negreiro da África, o artista volteia de costas a Árvore do Esquecimento, repetindo ritual ao qual homens negros, antes de serem enviados para as américas como escravizados eram submetidos a caminhar de costa como um rito ao esquecimento de sua história e ancestralidade. Como o próprio artista fala em entrevistas, “essa era uma simpatia para o negro esquecer o caminho de casa, quem o prendeu, para que o negro perdesse o vodu e se tornasse um negro bom. ”
Ao longo do tempo, essa simpatia chega ao Brasil. E numa tentativa poética de rebobinar a história, Nazareth repete o gesto também em torno de árvores no Brasil, como o ipê, símbolo nacional. Como uma proposição referente a recuperar a história, que constantemente é borrada e apagada.
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