“Tocaia”, “Danse des Masques en Pays Dogon” e “Pacífico”
Tocaia, Aline X e Gustavo Jardim
Aglomerada do outro lado de uma cerca, uma manada de bois fita a câmera. O espectador fica na dupla posição de se sentir ameaçado e, ao mesmo tempo, ameaçá-los. Qualquer movimento dos animais geram um estado de alerta e tensão. É evidente que se está diante de uma tocaia. Só não se sabe a quem ela se destina.
Aline X (Belo Horizonte, 1984)
Cineasta e artista visual, produz vídeos experimentais, documentários e performances. Foi produtora da emissora educativa LA36, em Los Angeles. Vive em Belo Horizonte, Brasil.
Gustavo Jardim (Belo Horizonte, 1979)
Cineasta e artista visual, estudou cinema etnográfico no Canadá. Atua principalmente nos campos do documentário e do vídeo experimental. Vive em Belo Horizonte, Brasil.
Veja aqui Aline X e Gustavo Jardim comentários a criação do vídeo Tocaia durante o 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2015.
Danse des Masques en Pays Dogon, Tiécoura N’Daou
A obra registra uma das cerimônias mais tradicionais da região do Dogon, no Mali: a procissão de mascarados que acontece durante o funeral de um patriarca. Simbolizando os espíritos das florestas, os mascarados homenageiam o falecido com um ritual de dança, no intuito de ajudá-lo em seu caminho rumo à terra dos antepassados.
Veja uma outra fotografia da obra aqui e escute Tiécoura N’Daou a descrever o ritual registrado aqui, durante o 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2016.
Veja também aqui Tiécoura N’Daou a apresentar uma outra obra da sua autoria, a série Djingareyber, durante 21ª Bienal do Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2019.
Tiécoura N’Daou (Mopti, Mali, 1983)
Artista visual, transita entre a fotografia, o vídeo e obras em que recorre a linguagens diversas. Seus trabalhos investigam o tempo, encenando sua passagem, sua ausência e sua suspensão. Usando os recursos do audiovisual para refletir sobre o sentido da narrativa, N’Daou dialoga constantemente com a cultura malinesa. Vive em Bamako, Mali.
Pacífico, Enrique Ramírez
Embora tenha admitido a brutalidade de suas ações no regime militar de Augusto Pinochet, o exército chileno nunca revelou o paradeiro de suas vítimas. A maioria é identificada como tendo sido “atirado/a ao mar”, tornando-se, portanto, irrecuperável. Aqui, um fragmento do oceano torna-se uma memória que assombra em silêncio a noite da história. Leia mais sobre a obra aqui.
Veja aqui Enrique Ramírez a falar sobre a obra Pacífico durante o 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2019.
Veja também um depoimento do artista, na edição anterior do festival, na 18ª edição do Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2013, sobre os trabalhos Mira e Brisas, apresentados na 15ª e 18ª edição do Festival, respectivamente.
Enrique Ramírez (Santiago, Chile, 1979)
Artista visual, trabalha com filme, vídeo, fotografia e instalação em obras que buscam reintroduzir o elemento humano em distopias contemporâneas. Para explorar temas como deslocamento, exílio e a descontinuidade da memória, usa cenários contemplativos como espaços geopoéticos abertos ao trabalho da imaginação subjetiva.
Conheça o site do artista.
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