Avanço das obras
No segundo semestre, a maior parte das tarefas de infraestrutura como escavações e contenções já tinham sido feitas.
Uma das principais atividades desenvolvidas foi a execução da sobrecobertura no último pavimento, que receberá mais um andar com salas expositivas e uma passarela ligando as duas torres laterais à central. Os testes de pintura também se iniciam nesse momento.
A reforma do porão também é trabalhada nessa etapa. Segundo Mauro Halluli, arquiteto da FUSP, originalmente esse espaço não era habitável, servindo para a ventilação do prédio.
Na década de 1950, esse local foi integrado ao espaço expositivo do Museu, porém não foi feito de forma correta, pois as fundações do prédio foram rompidas. No projeto de restauro, optou-se por recuperar as fundações e o espaço de ventilação do subsolo.
O projeto de restauro entende que os materiais originais têm um valor histórico e artístico e, portanto, optou-se por reaproveitá-los, tanto para atender suas funções originais, como para transformá-los em uma nova função.
Dessa forma, foram realizadas uma série de oficinas de marcenaria, recuperação de pisos removidos, reaproveitamento de telhas de cobre e de argamassa. Na restauração, houve também a recuperação de técnicas construtivas antigas e o uso de produtos que já não estão mais disponíveis, por isso a importância do aproveitamento dos materiais encontrados na obra.
As escavações no subsolo em frente ao edifício tiveram como objetivo criar um espaço para acolhimento ao público. As estruturas foram produzidas em concreto pigmentado com óxido de ferro, cuja cor terrosa foi escolhida para simbolizar o trabalho de remoção da terra durante a construção desse local.
A ampliação previu uma área expositiva e com auditórios, enquanto sua laje servirá como uma esplanada que dá acesso ao Museu.
Pensando nos fluxos de circulação de visitantes e em um percurso contínuo pelas salas expositivas, outra intervenção importante foi a ligação entre os torreões, que possibilitou ligações entre os espaços no interior do Edifício-Monumento.
As salas, que antes só se comunicavam pelo corredor de acesso, agora podem ser percorridas de forma linear. Na parte superior, no torreão central, foi também construído um mirante para se ter uma ampla visão da paisagem a partir da colina do Ipiranga.
Segundo o Relatório de Gestão 2020, cerca de 45% dos serviços avançaram no Edifício-Monumento. Já em relação às atividades de ampliação, a equipe de obras avançou 40%, mesmo com alguns ajustes que tiveram que ser feitos no projeto.
Entre as principais intervenções, estiveram a consolidação das fundações do Edifício-Monumento, a conclusão do restauro da fachada sul, a execução de muros de contenção e fundações do edifício anexo, a conclusão do projeto expográfico, a conclusão do diagnóstico dos acervos selecionados e a finalização do restauro do quadro Independência ou morte, de Pedro Américo.
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