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“70 ANOS TEP – Um arquivo vivo”, é a exposição-instalação que celebra os 70 anos da mais antiga companhia de teatro portuguesa. Com cariz de retrospectiva, esta cronologia foi desenvolvida a partir do espólio documental e artístico do TEP. Poderá navegar virtualmente a cronologia até março de 2023, e presencialmente no Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, até 26 de junho de 2022.

A cronologia é composta por sete décadas que apresentam a história dos artistas e profissionais que colaboraram ao longo dos anos, e ainda hoje, através de variados registos desde fotografias das peças de teatro e dos atores a desenhos e estudos das peças de teatro dos encenadores, cenógrafos, artistas plásticos e músicos.

O Círculo de Cultura Teatral/Teatro Experimental Porto (TEP) é um complexo poliedro. É impossível capturar um retrato definitivo de uma companhia que está em atividade continuada desde 1953, sendo, assim, a mais antiga companhia teatral portuguesa. A sua história é um vivo libreto do percurso do teatro em Portugal a partir da segunda metade do século vinte. Começando por ser um grupo de amadores, criado no seio de um “Círculo de Cultura Teatral”, uma agremiação com um forte pendor de militância cultural e que declarava nos seus estatutos querer “realizar uma obra de cultura teatral, alheia a quaisquer lucros materiais e a fins políticos ou religiosos [, e] elevar o nível moral, intelectual e artístico do Teatro”, o TEP rapidamente se tornará um dos mais robustos e esclarecidos bastiões do movimento de teatro experimental do pós-segunda guerra mundial sob a direção de António Pedro (1953-1961), profissionalizando-se em 1957. Será, depois disso, um dos poucos coletivos que carregará a mecha do teatro experimental português durante a década de sessenta e setenta, até se constituir como um dos indefetíveis quartéis do teatro independente português, no pós-25 de Abril de 1974.

Convidamo-los a navegar a linha do tempo e a explorar a história do TEP desde o início da sua fundação.


Ficha Técnica:

Museu e Bibliotecas do Porto / Porto Museum and Libraries:
Câmara Municipal do Porto

Presidente da Câmara Municipal do Porto / Mayor of Porto City Hall:
Rui Moreira

Diretor Municipal de Cultura e Património / Director of the Municipal Cultural Heritage:
Jorge Sobrado

Diretora do Departamento Municipal de Gestão do Património Cultural / Director of the Municipal Department of Cultural Heritage Management:
Maria João Pessoa

Chefe da Divisão Municipal de Arquivo Histórico / Head of the Historical Archive Municipal Office:
Helena Gil Braga

Chefe da Divisão Municipal de Museus / Head of the Museums Municipal Office:
Mariana Jacob Teixeira

Chefe da Divisão Municipal de Bibliotecas / Head of the Libraries Municipal Office:
Miguel Azevedo

Diretora de Departamento Municipal de Comunicação e Promoção / Director of the Municipal Department of Communication and Promotion:
Isabel Moreira da Silva


ÁGORA – CULTURA E DESPORTO DO PORTO E.M.

Presidente do Conselho de Administração / Chairman of the Board of Directors:
Catarina Araújo

Administradores Executivos / Executive Directors:
César Navio & Ester Gomes da Silva

Direção de Comunicação e Imagem / Director of Communication and Image:
Bruno Malveira

Departamento de Museus e Coleções / Museums and Collections:
Department (ÁGORA E.M.)

Diretor Executivo / Executive Director:
João Covita

Coordenador Técnico / Technical Coordinator:
Francisco Teles

Gestora de Projetos Educativos / Manager of Education Projects:
Marta Bernardes

Curadora / Curator:
Rita Roque (DMCP)

Assistente de Direção / Direction Assistant:
Cristina Regadas

Assistente de Programação / Programme Assistant:
Tiago Almeida

Produtores Executivos / Executive Producers:
Ana Amorim, Celeste Domingues & José Ralha

Comunicação / Communication:
Patrícia Barbosa

Direção Museu e Bibliotecas do Porto / Direction of Porto Museum and Libraries:
Jorge Sobrado

Coordenação Geral / General Coordination:
Teatro Experimental do Porto com o / with Museu do Porto

Direção Artística / Artistic Direction:
Gonçalo Amorim

Curadoria / Curatorship:
Ana Gago, Catarina Barros & Gonçalo Amorim

Gestão de Projeto / Project Management:
Ana Gago

Direção Plástica e Projeto Museográfico / Stage Design and Museographic Project:
Catarina Barros

Design Expositivo e de Comunicação / Exhibition and Comunication Design:
Marta Ramos

Paisagem Sonora / Soundscape:
David Arrepia

Textos / Texts:
Ana Gago, Ana Temudo & Rui Pina Coelho

Comunicação / Communication:
Bruno Moreira & Patrícia Barbosa

Coordenação Técnica / Technical Coordination:
Francisco Teles

Direção de Produção / Production Direction:
Patrícia Gonçalves

Produção Executiva / Executive Production:
Abigail Raposo, Ana Amorim, José Ralha & Rui Santos

Realização e Produção Vídeo / Video Direction and Production:
Diogo Cunha & Diogo Pinto

Fotografia / Photography:
António Alves

Conservação e Registo / Conservation and Registration:
Carolina Ventura, Joana Guerreiro & Patrícia Monteiro

Montagem e Instalação / Instalation Staff:
Albertino Rei, Cesário Costa, Diogo Machado, Francisca Canedo, Júlio Vieira, Marco Vieira, Maria Simões, Nuno Encarnação & Patrícia Monteiro

Tradução / Translation:
Daniela Laranjeira

Cronologia / Timeline:
Timelinefy

TEP | Teatro Experimental do Porto@TEP

O Teatro António Pedro

1971View on timeline

O Teatro de Algibeira ou Teatro de Bolso, construído em 1956 num prédio arrendado da propriedade da União de Bancos Portugueses (localizado na Rua do Ateneu Comercial do Porto junto ao Restaurante Abadia), foi renomeado, em  1971, Teatro António Pedro, mantendo as suas instalações até 1980. 

Depois da revolução de abril, abre-se caminho para o estabelecimento do movimento de teatro independente, profundamente marcado por um combinado de teatro de tradição brechtiana e neorrealista. Com o estabilizar do fervor revolucionário, a independência conquistada face às bilheteiras por força de um financiamento mais regular à cultura e uma vez livre da intromissão do Estado na seleção ou condicionamento dos reportórios, o teatro em Portugal foi ganhando espaço e liberdade para constituir uma cena avidamente permeável a formas novas e a processos de cariz experimental.

O reportório do TEP neste período não escapou ao tom geral de procura de textos que pudessem dialogar com o cenário pós-revolucionário, com o intuito de trazer para o convívio do público em Portugal alguns dos maiores nomes da dramaturgia nacional e universal, na sua maioria inéditos em palcos nacionais. Federico Garcia Lorca, Nicolau Gogol, Samuel Beckett, Jaime Salazar Sampaio, Angelo Beolco (Ruzante), Peter Weiss, Georg Büchner, Bertolt Brecht, Fernando Arrabal, Slawomir Mrozek, Norberto Ávila, são apenas alguns dos mais sonantes exemplos; em espetáculos dirigidos por artistas como José Cayolla, Carlos Cabral, Julio Castrunuovo, Correia Alves, Angel Facio, Roberto Merino, João Lourenço, Mário Jacques, Jorge Pinto ou Xosé Blanco Gil.

Teatro António Pedro, palco e plateia, s/data . Arquivo CCT-TEP.  
Teatro António Pedro, bilheteira e corredor de entrada, s/data. Arquivo CCT-TEP.  
Teatro António Pedro, arquivo, s/data. Arquivo CCT-TEP.  
 Teatro António Pedro, arquivo, s/data. Arquivo CCT-TEP.  

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Published in 8/03/2022

Updated in 10/05/2022

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