Regressou a Portugal em 1580 - (D. Teodósio II, 7.º Duque de Bragança)
D. Teodósio II de Bragança (Vila Viçosa, 28 de abril de 1568 — Vila Viçosa, 29 de novembro de 1630) foi o 7.° Duque de Bragança. Era filho do Duque João I e da Infanta D. Catarina, neta do rei Manuel I.
Ainda criança, Teodósio foi trazido para a corte e feito pajem do rei Sebastião de Portugal, que o fez Duque de Barcelos, por carta de 5 de agosto de 1562. O rei estimava o pequeno Bragança e em 1578 insistiu na sua companhia durante a expedição ao Norte de África contra o rei de Marrocos.
Teodósio permaneceu junto do rei na Batalha de Alcácer-Quibir até a situação se tornar grave e o rei ordenar a retirada da criança para a segurança da retaguarda. Teodósio não ficou satisfeito e fugiu à primeira oportunidade, apanhando um cavalo e lançando-se a galope em direção à linha de combate. Como muitos outros homens, acabou por ser ferido e feito prisioneiro pelos marroquinos.
O pai de Teodósio ofereceu uma fortuna pelo resgate do seu filho, chegando a pedir a Filipe II de Espanha para intervir a seu favor. Não seria necessário tanto alarme. O rei de Marrocos tinha ficado impressionado com a bravura do pequeno Teodósio e deixou-o regressar a casa em agosto de 1579, via Espanha.
Em 1580, por morte do Cardeal-Rei Henrique de Portugal, o jovem Teodósio parecia ser o mais bem colocado para subir ao trono português. Talvez por isso mesmo, Filipe II só permitiu o regresso de Teodósio ao país, depois de ver assegurada a sua posição como rei. Esteve retido amigavelmente em casa do duque de Medina-Sidónia. Só regressou a Vila Viçosa em 1580, quando Filipe II de Espanha já tinha subido ao trono de Portugal (tornando-se no rei Filipe I de Portugal). Em 1582, o Rei nomeou-o 13.º Condestável de Portugal.
Teodósio tornou-se Duque de Bragança em 1583, por morte do seu pai, e cresceu para se tornar num fiel servidor dos reis espanhóis de Portugal. No início a sua mãe, D. Catarina, assumiu a chefia da Casa de Bragança, devido à tenra idade do filho. Filipe I de Portugal tinha, entretanto, proposto casamento a D. Catarina, mas esta rejeitou-o.
O motivo principal para esta recusa foi talvez o de preservar o direito que D. Teodósio tinha à coroa portuguesa, pois se este casamento se realizasse era sinal de que a Casa de Bragança aceitava o facto de Filipe II de Espanha ter sido aclamado rei de Portugal. D. Teodósio defendeu Lisboa dos ataques de outros pretendentes, incluindo António I, Prior do Crato, que tinha a ajuda do corsário inglês Francis Drake.
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