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O Governo do Estado do Espírito Santo por meio da Secretaria de Cultura em parceria com a Associação Cultural Videobrasil apresenta REVIRAVOLTA, mostra realizada no Museu de Arte do Espírito Santo e na Galeria Homero Massena


A partir do vasto acervo reunido ao longo de quatro décadas de trajetória, a Associação Cultural Videobrasil apresenta, entre os dias 10 de junho e 10 de setembro de 2022, a mostra REVIRAVOLTA, realizada simultaneamente em dois espaços culturais de Vitória (ES): o Museu de Arte do Espírito Santo (MAES), Reviravolta e Galeria Homero Massena (GHM). Com curadoria de Solange Farkas, fundadora e diretora do Videobrasil, o projeto dá sequência a um trabalho constante da associação de olhar para seu acervo e mantê-lo vivo, debatendo temas fundamentais da contemporaneidade.


Arte e geopolítica no Acervo Videobrasil, no MAES, parte da cartografia desenhada pelas duas últimas edições da Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil. Destacando a produção do chamado Sul Global - termo que se refere aos territórios à margem da modernização hegemônica e do capitalismo central, principalmente na América Latina, África, Leste Europeu, Ásia e Oriente Médio -, a exposição apresenta trabalhos de Aline X, Gustavo Jardim, Alto Amazonas Audiovisual, Ana Vaz, Bakary Diallo, Daniel Monroy Cuevas, Enrique Ramírez, Luciana Magno, Paulo Nazareth, Seydou Cissé, Tiécoura N’Daou e do coletivo indígena formado por Ana Carvalho, Ariel Kuaray Ortega, Fernando Ancil e Patrícia Para Yxapy.


Surgem na mostra práticas artísticas que borram as fronteiras com a ciência e entre as ciências para ampliar nossas concepções de mundo, assim como um uso “artivista” do vídeo por grupos minorizados, para reforçar práticas comunitárias, defender direitos ameaçados e reforçar a utopia de reconstruir o mundo a partir de coletividades ligadas a identidade e afeto.


A exposição Corpo e performance no Acervo Videobrasil, por sua vez, apresenta na Galeria Homero Massena o resultado de uma imersão nos registros de performances produzidos pelo Videobrasil ao longo de seus 40 anos - incluindo happenings, intervenções musicais, vídeo performances, entre outros. Desde sua primeira edição, em 1983, a Bienal Videobrasil oferece à performance um espaço inédito no cenário brasileiro, inclusive comissionando projetos nesta linguagem para as mostras. Deste modo, a exposição em Vitória ilumina alguns dos rumos tomados pela performance ao longo das décadas, seja incorporando música, teatro, dança, artes visuais e intervenção urbana, seja olhando para os rituais religiosos.


Essa experiência parte do entendimento da equipe educativa como um corpo criativo capaz de operar nas brechas da relação entre os públicos, obras e instituições. Além disso, reforça a necessidade de reconhecer a autonomia desses educadores dentro do espaço expositivo.


O exercício de criação coletiva do projeto educativo que está sendo descrito também considerou a coletividade como um conceito-chave para o desenvolvimento dos programas. Essa coletividade diz respeito à relação dos arte-educadores entre si, mas também considera a diferentes experiências que surgirão através do contato com os públicos, formando talcorpo criativo, entre as instituições envolvidas no projeto da mostra, nas relações possíveis entre as obras reunidas pela curadoria, nos trânsitos entre os espaços expositivos e, sobretudo, no que diz respeito aos educadores e sua relação com a mostra, as instituições e os públicos.


Reunida a partir dos mais de 200 registros de performances do Acervo Videobrasil, a lista de artistas e coletivos participantes da mostra, vindos de diferentes cantos do globo, é vasta: Melati Suryodarmo, Marcello Mercado, Coco Fusco, Frente 3 de Fevereiro, Luiz de Abreu, Otávio Donasci, Lenora de Barros e Walter Silveira, Steina Vasulka e Stephen Vitiello, Michael Smith, Waly Salomão e Carlos Nader, Eder Santos, Marco Paulo Rolla, Alexandre da Cunha, Chelpa Ferro, Ayrson Heráclito, Felipe Bittencourt, Aya Eliav e Ofir Feldman e Paula Garcia.


Há ainda na exposição um programa especial dedicado a artistas capixabas com obras performáticas: Charlene Bicalho, Castiel Vitorino Brasileiro, Fredone Fone, Geovanni Lima, Fredone Fone, Geovanni Lima, Marcus Vinícius, Natalie Mirêda e Rubiane Maia.


Com as duas exposições em Vitória, reunidas sob o título REVIRAVOLTA, o Videobrasil - criado ainda nos tempos da ditadura - dá sequência a uma de suas grandes missões, ou seja, apresentar e fomentar o uso político, combativo e libertário que os artistas fazem do vídeo. Para isso, a instituição mais uma vez cria caminhos para reativar seu acervo, reaver e compreender as obras em seus contextos e criar diálogos a partir delas. "Para além da complexa questão da conservação - de suporte volátil, o acervo em vídeo demanda estrutura pesada, conhecimento específico e atualização permanente -, coloca-se a necessidade de criar estratégias capazes de manter esses conteúdos vivos e em contato com o mundo”, conclui Solange Farkas.


Convidamos a percorrer os quarenta anos da Videobrasil por meio desta cronologia e a descobrir o acervo conosco!


CURADORIA

Solange O. Farkas


PESQUISA

Ruy Luduvice


ACERVO

Fabio Kawano


EDITORIAL

Teté Martinho


DESIGN GRÁFICO

Gabinete Gráfico | Felipe Sabatini e Nina Farkas


PROJETO EXPOGRÁFICO

Ricardo Amado


___


PRODUÇÃO EXECUTIVA

Cassia Rossini

Rafael Moretti

Van Fresnot


COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO

Cassia Rossini

Rafael Moretti


PRODUÇÃO LOCAL

Reforma Design | David Trindade


CENOTECNIA

Metro Cenografia


AUDIOVISUAL

Fusion Áudio


TÉCNICO RESPONSÁVEL

Marcos Santos


ILUMINAÇÃO

Vitor Lorenção


COMUNICAÇÃO VISUAL

Arte na Vitrine


___


CURADORIA PROGRAMAS PÚBLICOS

Nicolas Soares


COORDENAÇÃO EDUCATIVA

Karenn Amorim

Kênia Lyra


MEDIADORES

Bárbara Thomaz

Gabriel Rocha

Jaíne Muniz

Kleiton Rosa Cavêdo

Natália Basílio

Raoni Iarin

Thiago Sobreiro


ACESSIBILIDADE

Marina Baffini | Inclua-me arte e cultura para todos


AGRADECIMENTOS

Carolina Ruas Palomares

Clarissa Ximenes

Fabricio Noronha

Nicolas Soares

Electrica Cinema e Vídeo

Sesc São Paulo



ASSOCIAÇÃO CULTURAL VIDEOBRASIL


DIREÇÃO

Solange O. Farkas


PRODUÇÃO EXECUTIVA

Van Fresnot


ACERVO

Fabio Kawano


COMUNICAÇÃO

Marcos Visnadi


ADMINISTRATIVO

Divy Cristina


CONSELHO CONSULTIVO

Benjamin Seroussi

Cecília Ribeiro

Fabio Cypriano

Patricia Rousseaux

Rosângela Rennó

Tata Amaral

Thereza Farkas

Vivian Ostrovsky


GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Renato Casagrande


VICE-GOVERNADORA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Jacqueline Moraes


SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA

Fabricio Noronha


SUBSECRETÁRIA DE ESTADO DE POLÍTICAS CULTURAIS

Carolina Ruas Palomares


SUBSECRETÁRIA DE ESTADO DE FOMENTO E INCENTIVO À CULTURA

Maria Thereza Bosi de Magalhães


SUBSECRETÁRIO DE ESTADO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA

Pedro Virgolino


GERÊNCIA DE ESPAÇOS E ARTICULAÇÃO CULTURAL

Vinicius Fabio Ferreira Silva


MUSEOLOGIA

Paula Nunes Costa


MUSEU DE ARTE DO ESPÍRITO SANTO

DIONÍSIO DEL SANTO


DIRETORIA

Nicolas Soares



NÚCLEO ADMINISTRATIVO


ASSESSORIA

Rosane Baptista


SUPERVISÃO DE ESPAÇO CULTURAL

Rafane Fernanda de Andrade


NÚCLEO DE ACERVO

Rafaella Soares Silva



NÚCLEO DE AÇÃO CULTURAL E EDUCATIVA


MEDIAÇÃO

Kleiton Rosa Cavêdo


APOIO TÉCNICO

Edson da Silva


EQUIPE DE APOIO

John Lucas Alves Macedo

José Luiz C. Macedo

Jussara Rodrigues Vianna

Rita de Cássia Lima

Sandra Maria Campista


EQUIPE DE VIGIL NCIA

Erasmo Vasconcelos

Jaider Ferreira de Souza

Jeovane Andrade dos Santos

Maikon Cardoso dos Anjos



GALERIA HOMERO MASSENA


COORDENAÇÃO DE ARTES VISUAIS

Ivone Carvalho Vieira


COMUNICAÇÃO

Elvys Souza Chaves


FUNCIONÁRIOS

Bianca Alves Balbino Santos

Evani Rezende da Silva

Tânia Maria de Jesus Costa


SEGURANÇAS

Anderson Ferreira

Damião André Pinto de Oliveira

Diego Araújo Rodrigues

Rodinelio Siqueira



EQUIPE TIMELINEFY


COORDENAÇÃO DO PROJETO

Clara Sampaio

Francisca Sampaio


APOIO NA GESTÃO DE CONTEÚDOS

Wolf Enrico


DESIGN GRÁFICO

Wherlom Almeida


DESENVOLVIMENTO WEB E MOBILE

Henderson Fernandes Pereira


“Coverman”, “Reboot” e “Batendo amalá”

2013View on timeline

Coverman, Alexandre da Cunha

Coverman, Alexandre da Cunha, Vídeo, 40’, 2013 
 

Manuais de primeiros-socorros inspiram o trabalho do artista carioca Alexandre da Cunha. A performance trata da fragilidade do corpo. Um colaborador é convidado a repetir uma sequência de movimentos que remetem a procedimentos de tratamento e intervenção, como massagens, enfaixamento e autópsia. O artista é considerado um seguidor da arte relacional proposta por Lygia Clark. A obra foi comissionada pela Associação Cultural Videobrasil.

Veja aqui Alexandre da Cunha a comentar como concebeu a performance.

Alexandre da Cunha (Brasil, 1969) 

Escultor e performer, integra a linguagem de vídeo em sua obra. Estudou belas artes e escultura em Londres. Abordando os mais diversos temas, incorporou em seus últimos trabalhos humor, materiais e recursos tecnológicos muito simples. Já integrou mostras coletivas e, individualmente, expôs em Londres, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Estuda e trabalha desde 1998 em Londres. Participou da 50ª Bienal de Veneza na exposição The Structure of Survival, 2003. Vive e trabalha em Londres.

Reboot, Chelpa Ferro 

Reboot, Chelpa Ferro, Vídeo, 47’, 2013 

A obra é uma releitura de O Gabinete de Chico, uma das primeiras ações do grupo, realizada durante o 12º Festival, em 1998. Em uma apresentação ao vivo, o grupo combina projeção de imagens, instrumentos musicais, objetos e mídias que produzem sons nada convencionais. Participam Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler – integrantes originais do Chelpa Ferro – além dos convidados Bernard Ceppas, Abel Duarte, Leonardo Monteiro, Carlos Cesar Laufer, Igor Pontogar e Fernando Velázquez. A obra foi comissionada pela Associação Cultural Videobrasil.

Veja aqui fotografias da performance.

Chelpa Ferro (Brasil, 1995)

Grupo multimídia, composto pelos artistas Luiz Zerbini, Barrão e Sérgio Mekler, Chelpa Ferro explora a plasticidade do som e o silêncio das fontes sonoras. Reunido pela primeira vez em 1995, inicialmente contou com a participação de mais um integrante: o músico Chico Neves. Ao longo da sua história, o grupo apresentou trabalhos em diversos formatos: objetos e instalações sonoras, vídeos, apresentações de palco e discos em que a pesquisa de fontes sonoras acústicas e eletrônicas, com a construção de máquinas e mecanismos sonoros e com a utilização não convencional de instrumentos musicais desempenhou, juntamente com a composição imagética, papel central na experimentação de diferentes modos de organizar suas improvisações. Participou de exposições individuais e coletivas como Chelpa Ferro: Visual Sound, Aldrich Museum, Ridgefield (2011); e Acusma, SESC Paulista, São Paulo (2009) (por ocasião do lançamento do documentário Chelpa Ferro da série Videobrasil Coleção de Autores); Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2001 e 2007); 51ª Bienal de Veneza, Itália (2005); 25ª e 26ª Bienal de São Paulo (2002 e 2004); dentre outras exposições e concertos. O grupo foi indicado ao Prêmio Nam June Paik, Dusseldorf, Alemanha (2011). O grupo reside e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil.

Batendo amalá, Ayrson Heráclito

Batendo amalá, Ayrson Heráclito, Vídeo, 6’13”, 2013 

A performance Batendo Amalá é desdobramento da pesquisa de Heráclito sobre as origens influências da cultura afro na estrutura sócio-cultural brasileira. O registro captura o momento em que o artista edita a performance no contexto da exposição Memórias inapagáveis – um olhar histórico no Acervo Videobrasil, como parte do terceiro ciclo dos Programas Públicos. Segundo o artista, na ação performática, ele encena o preparo do “ajebó”, comida ritual votiva de Xangô, divindade do candomblé relacionada à Justiça, enquanto evoca seus pedidos pessoais.

Veja aqui Ayrson Heráclito a comentar a performance em 2014.

Ayrson Heráclito (Brasil, 1968)

É artista, curador e professor. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia, é doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sua obra deriva da ideia de sagrado expressa na ritualística e na simbologia do Candomblé, religião que pratica há quase trinta anos. A matéria orgânica mobilizada pelos ritos de matriz africana na Bahia alimenta seu trabalho, explorada até o limite da plasticidade e do significado; mas também seu sentido de performance, de transe, do ato mágico em que se conjuram, purificam e reorganizam energias, histórias e memórias. Participou de coletivas como a 57ª Bienal de Veneza (2017); a Afro-Brazilian Contemporary Art, Europalia.Brasil, Bruxelas(2012); Trienal de Luanda (2010); e MIP 2, Manifestação Internacional de Performance, Belo Horizonte (2009). Vive em Salvador, Brasil.

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Published in 7/06/2022

Updated in 9/06/2022

All events in the topic Corpo e Performance no Acervo Videobrasil:


01/01/198331/12/1994“Videocriaturas, videomáscaras, videotauro”“Videocriaturas, videomáscaras, videotauro”
1985“Homenagem a George Segal”“Homenagem a George Segal”
1996“Video Opera for Paik”“Video Opera for Paik”
1998“A Night with Mike” e “Bestiário masculino-feminino” “A Night with Mike” e “Bestiário masculino-feminino”
2001“Politik”“Politik”
2012“The visible and the unconscious”“The visible and the unconscious”
2013“Coverman”, “Reboot” e “Batendo amalᔓCoverman”, “Reboot” e “Batendo amalá”
2014“O samba do crioulo doido” “O samba do crioulo doido”
2015“Baile”“Baile”
2016“Mover o Branco/Esgotamento”“Mover o Branco/Esgotamento”
2020“Puxadinho”“Puxadinho”
2022“Maybe the calm is more important than freedom”“Maybe the calm is more important than freedom”
10/06/2022Reviravolta: Corpo e performance no Acervo VideobrasilReviravolta: Corpo e performance no Acervo Videobrasil