“Coverman”, “Reboot” e “Batendo amalá”
Coverman, Alexandre da Cunha
Manuais de primeiros-socorros inspiram o trabalho do artista carioca Alexandre da Cunha. A performance trata da fragilidade do corpo. Um colaborador é convidado a repetir uma sequência de movimentos que remetem a procedimentos de tratamento e intervenção, como massagens, enfaixamento e autópsia. O artista é considerado um seguidor da arte relacional proposta por Lygia Clark. A obra foi comissionada pela Associação Cultural Videobrasil.
Veja aqui Alexandre da Cunha a comentar como concebeu a performance.
Alexandre da Cunha (Brasil, 1969)
Escultor e performer, integra a linguagem de vídeo em sua obra. Estudou belas artes e escultura em Londres. Abordando os mais diversos temas, incorporou em seus últimos trabalhos humor, materiais e recursos tecnológicos muito simples. Já integrou mostras coletivas e, individualmente, expôs em Londres, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Estuda e trabalha desde 1998 em Londres. Participou da 50ª Bienal de Veneza na exposição The Structure of Survival, 2003. Vive e trabalha em Londres.
Reboot, Chelpa Ferro
A obra é uma releitura de O Gabinete de Chico, uma das primeiras ações do grupo, realizada durante o 12º Festival, em 1998. Em uma apresentação ao vivo, o grupo combina projeção de imagens, instrumentos musicais, objetos e mídias que produzem sons nada convencionais. Participam Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler – integrantes originais do Chelpa Ferro – além dos convidados Bernard Ceppas, Abel Duarte, Leonardo Monteiro, Carlos Cesar Laufer, Igor Pontogar e Fernando Velázquez. A obra foi comissionada pela Associação Cultural Videobrasil.
Veja aqui fotografias da performance.
Chelpa Ferro (Brasil, 1995)
Grupo multimídia, composto pelos artistas Luiz Zerbini, Barrão e Sérgio Mekler, Chelpa Ferro explora a plasticidade do som e o silêncio das fontes sonoras. Reunido pela primeira vez em 1995, inicialmente contou com a participação de mais um integrante: o músico Chico Neves. Ao longo da sua história, o grupo apresentou trabalhos em diversos formatos: objetos e instalações sonoras, vídeos, apresentações de palco e discos em que a pesquisa de fontes sonoras acústicas e eletrônicas, com a construção de máquinas e mecanismos sonoros e com a utilização não convencional de instrumentos musicais desempenhou, juntamente com a composição imagética, papel central na experimentação de diferentes modos de organizar suas improvisações. Participou de exposições individuais e coletivas como Chelpa Ferro: Visual Sound, Aldrich Museum, Ridgefield (2011); e Acusma, SESC Paulista, São Paulo (2009) (por ocasião do lançamento do documentário Chelpa Ferro da série Videobrasil Coleção de Autores); Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2001 e 2007); 51ª Bienal de Veneza, Itália (2005); 25ª e 26ª Bienal de São Paulo (2002 e 2004); dentre outras exposições e concertos. O grupo foi indicado ao Prêmio Nam June Paik, Dusseldorf, Alemanha (2011). O grupo reside e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil.
Batendo amalá, Ayrson Heráclito
A performance Batendo Amalá é desdobramento da pesquisa de Heráclito sobre as origens influências da cultura afro na estrutura sócio-cultural brasileira. O registro captura o momento em que o artista edita a performance no contexto da exposição Memórias inapagáveis – um olhar histórico no Acervo Videobrasil, como parte do terceiro ciclo dos Programas Públicos. Segundo o artista, na ação performática, ele encena o preparo do “ajebó”, comida ritual votiva de Xangô, divindade do candomblé relacionada à Justiça, enquanto evoca seus pedidos pessoais.
Veja aqui Ayrson Heráclito a comentar a performance em 2014.
Ayrson Heráclito (Brasil, 1968)
É artista, curador e professor. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia, é doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sua obra deriva da ideia de sagrado expressa na ritualística e na simbologia do Candomblé, religião que pratica há quase trinta anos. A matéria orgânica mobilizada pelos ritos de matriz africana na Bahia alimenta seu trabalho, explorada até o limite da plasticidade e do significado; mas também seu sentido de performance, de transe, do ato mágico em que se conjuram, purificam e reorganizam energias, histórias e memórias. Participou de coletivas como a 57ª Bienal de Veneza (2017); a Afro-Brazilian Contemporary Art, Europalia.Brasil, Bruxelas(2012); Trienal de Luanda (2010); e MIP 2, Manifestação Internacional de Performance, Belo Horizonte (2009). Vive em Salvador, Brasil.
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