Reino de Portugal: Dinastia de Bragança I
A dinastia de Bragança teve início com a aclamação do 8º Duque de Bragança como rei D. João IV após a revolta que separou Portugal dos restantes reinos da Monarquia Hispânica. A casa de Bragança era a casa ducal mais importante em Portugal devido à proximidade que sempre tivera com a casa real e ao enorme património que os primeiros duques receberam no início da dinastia de Avis. Esta dinastia durou 270 anos, até ser derrubada por uma revolução republicana em 1910.
Numa primeira fase da dinastia de Bragança, Portugal esteve envolvido numa longa guerra com a Monarquia Hispânica que só terminou em 1668. A partir dos finais do século XVII, a monarquia portuguesa consolidou a sua independência e centrou as suas atenções nas possessões que detinha no Atlântico, nomeadamente no Brasil que se tornou na principal fonte de proventos económicos. A exploração colonial, o tráfico negreiro e a reforma das instituições permitiu o aparecimento de novas elites imperiais. Ao longo do século XVIII, o sistema tornou-se mais racionalizado e burocrático, procurando um reforço da autoridade do rei e da monarquia.
No início do século XIX, os partidários de uma monarquia absoluta foram confrontados com ideias liberais que então se expandiam pela Europa e que recusavam os privilégios da nobreza e do clero, bem como o direito divino dos monarcas. A invasão do exército francês em 1808 motivou a transferência da família real e da corte para o Brasil de forma a evitar a perda da independência do reino. Assim, entre 1808 e 1820, a capital do reino e do império esteve sediada no Rio de Janeiro.